PROTESTOS E PRIVACIDADE INVADIDA:PRISÃO DE QUEIROZ MUDA ROTINA DE VIZINHOS

CASO QUEIROZ

16 Julho 2020

A presença de Fabrício Queiroz e de Márcia Oliveira de Aguiar no apartamento 508 do edifício Guess, no bairro da Taquara, zona oeste do Rio, mudou a rotina do lugar. Eles cumprem desde sexta-feira (10) prisão domiciliar no imóvel, comprado por Queiroz na planta no final de 2018.

Após a chegada do casal, beneficiado por decisão liminar do STJ (Superior Tribunal de Justiça) que reverteu prisão preventiva, vizinhos se queixam de falta de privacidade em razão da presença da imprensa. Gritos de protesto à noite e até durante a madrugada também incomodam os moradores, e a exposição do prédio suscita preocupações com a segurança.

Os vizinhos de Queiroz relatam apreensão de sair à varanda sob o risco de serem fotografados ou filmados. O ex-assessor de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) .

O impacto da chegada de Queiroz e Márcia se tornou o foco da discussão no grupo de WhatsApp dos moradores. “As pessoas ficam preocupadas com a exposição e até mesmo com a segurança, com medo do vazamento de imagens internas do condomínio.

Muitos moradores estão com receio de ir até a varanda, porque não querem ser fotografados ou filmados”, disse uma moradora, sob a condição de anonimato.

Gritos contra o PM aposentado rompem o silêncio da noite, segundo relatam vizinhos.

“As pessoas passam pela rua e gritam: ‘Queiroz ladrão’. Durante o dia, sempre há uma movimentação de repórteres e até de carros suspeitos, estacionados na calçada.

Vizinha de Queiroz

Nos últimos dias, Queiroz e Márcia foram vistos por moradores na varanda do apartamento apenas pela manhã. A enteada do PM aposentado também tem aparecido no prédio nos últimos dias. Segundo moradores, ela deixa o imóvel para passear com o cachorro. Há seis dias, Queiroz trocou a cela de 6 m² no Complexo de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio, pelo imóvel de 83 m², onde é monitorado com o auxílio de uma tornozeleira eletrônica. Queiroz foi preso preventivamente no dia 18 de junho em Atibaia (SP) em um imóvel do advogado Frederick Wassef, até então representante da família Bolsonaro. Márcia permaneceu foragida até se apresentar para cumprir prisão domiciliar .

Moradores se queixam em grupo do WhatsApp

A preocupação com a segurança do prédio também é compartilhada no grupo de WhatsApp dos moradores.

“Tem alguém filmando e tirando fotos dentro do condomínio (…). Temos que ficar de olho, até porque pode entrar alguém fingindo ser entregador ou alguém da manutenção.

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